23/07/2009

Valorizar

Achei este texto guardado nas minhas coisas e achei que deveria compartilhar com a turma.

Trabalhar “seriamente”...”Fazer coisas bonitas”...”Para servir”...São essas as grandes preocupações da criança em contato com a vida.
Termina o seu castelo de areia coroando-o com um ramo de flores. Nos seus dedos de mágico, agita ao sol um prisma que dá ao mundo as cores maravilhosas do arco-íris.
A própria folha de papel que a criança acaba de animar com seus desenhos, aguarda a paleta caprichosa do pintor para adquirir vida e esplendor, como se a criança precisasse sempre revestir a sua obra com o toque decisivo que faz as coisas mais belas do que são.
Será que o pedreiro trabalharia com ardor e com gosto se lhe destruíssemos sistematicamente a casa que acabou de fazer e sobre a qual colocou, com legítimo orgulho de construtor, a bandeira simbólica? Será que o camponês retomaria o arado, se lhe ceifassem o trigo ainda verde, não acidental mas metodicamente, e se abatessem as árvores que plantou?
Neste começo de ano tente esquecer os ensinamentos da escolástica, escute as exigências normais da vida, valorize a obra mais humilde dos seus alunos! Que cada trabalhador – e a criança tem as preocupações e a dignidade do trabalhador – tenha consciência, a cada momento, de ter posto uma pedra no seu edifício e ter acrescentado ao seu patrimônio um pouco de eficiência e um pouco de beleza.
Valorize o texto informe, dando-lhe a perenidade do majestoso impresso; valorize pelas cores e pela apresentação, os desenhos que forem dignos de uma coleção ou de uma exposição; esmalte e coza as louças que, na sua forma definitiva, poderão desafiar os séculos.
Então você sentirá o orgulho da obra bem feita animar e apaixonar os seus jovens operários, e fará nascer e se impor essa grande dignidade do TRABALHO, que nós também desejaríamos escrever, em letras definitivas, na fachada das nossas modernas escolas do povo.
Celèstin Freinet in: “Pedagogia do Bom Senso”, Ed. Martins Fontes

18/07/2009

O que os textos trouxeram de interessante para mim

Textos: Uma Conversa Inicial de Gláucia de Melo Ferreira

Estatuto do Saber Pedagógico de Júlia Varela

Imagens do outro de Jorge Larrosa

Agamenon e seu porqueiro de Antônio Machado e Juan de Mairena

Ao ler os textos acima citados, concordo com os autores de como é importante ensinar aos alunos com métodos e técnicas diferentes, mudar a velha prática e ir além da Pedagogia Tradicional e da Pedagogia Renovada, ser inovador, sair do paradigma e pensar em uma educação moderna. Devemos educar para a vida em sociedade, para que nossos alunos sejam cidadãos críticos, que saibam pesquisar, criar, indagar, agir, cooperar, dialogar, expressar suas idéia e sentimentos, ser autônomos, que se organizem, e se avaliem em um ambiente onde a relação seja dialógica e solidária, com respeito mútuo, onde todos construam juntos o conhecimento, pois ninguém é dono da verdade e todos podem transformar a realidade.

Gostei muito de aprender sobre alguns instrumentos da pedagogia Freinet: a roda da conversa, o livro da vida, os ateliês, o plano de trabalho, os projetos, os álbuns, os livros, os jornais, a correspondência e o jornal de parede, são exemplos de atividade para serem colocados em prática na sala de aula.