22/11/2009

Jornal de Parede - 18/11/2009

Fuçando na memória encontrei a seguinte frase que abre um texto do Jorge Larrosa que lemos no início do curso:

"A verdade é a verdade, diga-a Agamenon ou seu porqueiro.
Agamenon: De acordo.
O porqueiro: Não me convence."

Neste espírito (e neste corpo), felicito todos os porqueirinhos e porqueirinhas que desabrochamos no decorrer destes encontros!...

18/11/2009

LIVRO DA VIDA













Campinas, 14 de outubro de 2009.







Quarta-feira







Apresentação Grupo 1 - Adriana A., Ester, Fernanda, Isabel e Pâmela –







INSTRUMENTOS DE TRABALHO DA PEDAGOGIA FREINET




O grupo 1 iniciou a apresentação do trabalho sobre as técnicas da Pedagogia Freinet com uma dinâmica votada “no escuro” pela turma, para descontrair e “quebrar o gelo”.




Após a dinâmica, iniciamos a roda de conversa com as novidades da turma, foram abordados tais assuntos:




- Festa da Primavera no Curumim




- Cores dos alimentos (Dietas)




- Cor das pessoas (Preconceito)




- Aulas de Freinet na graduação




- Experiências com as “cabeças de batatas” ou “João Cabelão”




- Gripe H1N1




- Mobilização dos alunos de uma escola para fazer uma surpresa no dia dos professores




- Professores e alunos almoçarem juntos (sobra de alimentos, desperdício, compartilha de alimentos, etc.)




- SENAI – Educação Mecânica




Dentre todos os assuntos o que mais chamou a atenção da turma foi o dia dos professores, a valorização destes profissionais, a situação do ensino.




Algumas perguntas foram feitas a respeito disso:




- Por que o dia do professor é comemorado no dia 15 de outubro?




- Em outros países também é comemorado neste dia?




- Quem comemora e o que comemora?




- O que o professor tem a comemorar? Quem é o professor?




- O que lhe traz indignação?




Conforme, as dúvidas iam surgindo, hipóteses também eram levantadas pela turma.




Uma pessoa perguntou o significado da palavra professor, e comentou o significado da palavra aluno = sem luz.




A partir dessa discussão surgiu então um assunto do interesse de todos para realização de um projeto, que terá o nome definido mais tarde, conforme o andamento.




Para o desenvolvimento do projeto foram dadas algumas sugestões de ateliês:




1. ATELIÊ PARA ELABORAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA




2. TEXTO LIVRE SOBRE O ASSUNTO




3. ARTE




4. CORRESPONDÊNCIA







Depois de decidido os ateliês cada um escreveu no plano de trabalho aquele que lhe despertou um maior interesse.




Os ateliês foram organizados e as pessoas iniciaram os trabalhos na sala:







Questionário/ Pesquisa – Maria Teresa, Adriano, Dulcelina, João, Adriana




Texto livre – Glaucia, Paula, Andressa




Artes – Thalita, Débora, Nádia e Marcela







O quarto ateliê correspondência ficou decidido que a Nádia e a Adriana irão mandar uma carta para o secretário da educação “Jorge Tadeu”




Ficou combinado então, que os trabalhos seriam realizados em casa também: “Lição de casa”. Responderemos ao questionário e postaremos no blog curiosidades pesquisadas.




Depois da produção dos alunos nos ateliês, fizemos uma roda final para compartilhar o que foi trabalhado de acordo com o pano de trabalho. O texto livre lido na roda nos levou a refletir ainda mais sobre o papel do professor e sua valorização. O grupo responsável por elaborar o questionário expôs as questões e sugeriram que a turma toda respondesse, além de fazer a pesquisa também com outros professores, as questões serão postadas no blog e as respostas poderão ser enviadas por email. Foi sugerido também que o grupo responsável pela apresentação fizesse a tabulação da respostas.




No ateliê de Arte foi construída uma maquete com alguns materiais disponibilizados (sucata, tintas, cartazes...) retratando o “Ateliês dos Educadores” que simbolizavam algumas das dificuldades encontradas na escola.

16/11/2009

É (Gonzaguinha!)

É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor...

A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade...

É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...

É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...

É! É! É! É! É! É! É!...
É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor...
A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade...

É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...

É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...

12/11/2009

CELÉSTIN FREINET









Bakhtin
Pistrak
Gramsci
Paulo Freire
Augusto Boal

06/11/2009

Nossa ùltima aula



Caros alunos,

Encerraremos o nosso curso em 18 de novembro de 2009.

Esperamos ter contribuído para que a formação profissional e pessoal de vocês se ampliassem.

Agora é a parte de vocês, que temos certeza será de estender a seus alunos os nossos propósitos e competências, realizando um esnsino de qualidade, uma educação cada vez mais democrática e aberta às diferenças.

Boa sorte e até o dia de nossa reunião de encerramento na Escola Curumim, às 19 horas.

05/11/2009

Conversando com a Débora

Fico muito feliz, Débora, com seus comentários! Fico intrigada e inquieta, também!
É muito bom, por um lado, pois temos um conflito real, e agora nos resta aprender com ele. Essa é a nossa matéria prima: vida, conflitos, afetos...
Se a Maria Teresa não tivesse dado uma "cutucada", não estaríamos discutindo e a sensação de "tudo cor de rosa" poderia criar uma falsa impressão em nós. Mas acho que é necessário esclarecer, que estávamos discutindo o como fazer para que todos participassem do blog de alguma forma. Na minha compreensão, jamais passou que não se pode escrever longos textos. O que estamos buscando é que, além dos textos longos ou curtos de cada um, tentemos colocar breves relatos, algumas impressões que expressem as ideias do grupo. Como no exemplo que dei ontem: poderíamos colocar as imagens dos autores estudados e um comentário do grupo. Nosso Livro da Vida pode avançar. É pelo diálogo franco e aberto que poderemos chegar a uma compreensão mais profunda de nós mesmos e da própria pedagogia que estamos estudando.
Um abraço pra você Débora e pra todos!
Gláucia

O depoimento da Carolina Spagnol

Não achei oportunidade de dizer ao grupo 2 (que apresentou seu trabalho no dia 28/10) o quanto foi emocionante para mim ouvir a Carol falar da sua experiência de ex-aluna Curumim.
Coloco aqui o poema que ela e seus colegas colocaram na camiseta de formatura deles, no ano de 1998!
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
Paulo Leminsky

04/11/2009


Livre expressão

Freinet prega a livre expressão e foi com esse sentimento que fiz uso do blog durante o nosso curso.
O blog era o modo de eu me expressar e de forma livre, sem pressão. Não sou uma aluna que gosta de debater muito em sala. Prefiro escrever a falar. Aqui, tentava compartilhar com a turma o que algumas aulas tinham me feito refletir. Sim, são vivências, muitas vezes são biografias, mas não é da nossa vida que aprendemos? Pois é um pouco da minha vida que trago e com ela os meus conhecimentos para dividir com meus colegas. Aquilo que não disse em sala, escrevo aqui.
Se este não era o objetivo do livro da vida, simplesmente por parecer ser uma manifestação individual e não do coletivo... sinto não ter compreendido o sentido do instrumento... Mas pensei que aqui pudesse manifestar minhas impressões sobre as aulas e tentar com elas enriquecer o vivido, o vivido por todos, pelo coletivo.
Se o problema então foi o tamanho das postagens... Não sabia que blog se tratava de textos curtos... este não me deu limites de caracteres... E até enquanto escrevia, me sentia me expressando livremente e a minha liberdade incluia poder me expor como gosto e não como querem. Meu estilo de escrita é longo, poderia tentar, me esforçar por ser mais curta, mais direta... Mas me pergunto... pra quê? Se é para se adaptar a um modo de ver uma ferramenta... eu me nego... Ainda penso que o que está por trás, os princípios, ainda são muito mais importantes do que a ferramenta usada para eu me limitar a ela.
As vezes que postei aqui foi movida por vontade própria, não foi lição de casa que a professora passou. Era a autonomia minha que falava mais alto e me fazia escrever. Ao escrever livremente sem me prender a modelos e esteriotipos estabelecidos pelos homens do que seja um post de blog, eu estava buscando cooperar com o trabalho coletivo da turma com provocações e reflexões. E este meu trabalho feito assim me era prazeroso e significativo, por isso fazia.
Estavam ali todos os pilares do Freinet: autonomia, cooperação, livre expressão, trabalho.
Hoje, sai muito decepcionada de nosso encontro (obviamente, não pela apresentação do trabalho q esta estava simplesmente maravilhosa) e se fosse fazer um jornal de parede eu diria q eu critico a professora Maria Teresa pelo modo como falou, pois senti que todo o meu trabalho no nosso livro da vida não foi valorizado. Além disso, me senti reprimida, sem coragem de me manifestar no momento ainda pelo tom dela. Mais do que ter sentido o meu trabalho desvalorizado, senti que o livro da vida estava se tornando uma obrigação, praticamente um dever de casa q devíamos fazer simplesmente pq faz parte do curso, porque é nosso dever... Ali me perdeu todo o sentido de LIVRE expressão... Meu prazer morreu ali...
Pode parecer impressão minha e foi! Foi a impressão que me ficou! Em nossas palestras tanto do Guilherme quanto do Wanderley, para cd coisa que você fala, cd um que ouve interpreta e significa de um jeito. Essa foi a minha compreensão.
Se eu fosse escrever hoje um eu sugiro, suiriria para que se buscasse realmente ouvir os alunos que tanto ficaram insistindo em buscar outras ferramentas para nos comunicarmos, mas a professora se mantinha apenas e unicamente no blog (que sim, a turma reconhece o seu valor, mas não se adaptou ainda e pedia apenas por tentarmos ver se podiamos fazer uso de outra ferramenta para agregar ao nosso trabalho ou uma maneira alternativa de usar esta que se encaixe melhor a esta turma, pois, como discutimos, nem todas as ferramentas se aplicam da mesma maneira para todos... precisamos ir nos adaptando e adaptando as ferramentas... Freinet não é um livro de receitas pronto... é uma construção conjunta, construção q estávamos tentando fazer...)
Se eu fosse escrever um eu felicito, felicitaria a turma pelas apresentações tão ricas e criativas. Pelas vivências, as mensagens e pelo trabalho. E felicitaria as professoras por se proporem em nos oferecer o curso e compartilhar conosco um pouco de seus saberes sobre este educador encantador. E felicitaria tb a Nádia, a Marcela, a Talita dentre outros colegas q ou hj ou em ocasiões anteriores valorizaram meus posts, o que me encoraja em ainda escrevê-los.
E se eu fosse fazer uma pergunta... Perguntaria se fiz muito mal em fazer outro post imenso...
Desculpem, mas precisava me expressar e como disse (e dá pra reparar) sou mais escrever que falar...